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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Intervenções em Instalações Elétricas

INTERVENÇÕES EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Sabemos que  acidentes envolvendo riscos elétricos envolvem grande probabilidade de fatalidade.  Para isso a NR-10 define uma serie de requisitos focados na prevenção desses riscos.

Vale a pena refletirmos para algumas  considerações e cuidados necessarios para reduzir esses acidentes, tanto para os colaboradores como para os Terceiros/Contratados.

As regras abaixo consideram os cuidados básicos necessários para os trabalhos que envolvem risco elétricos, porem não se esgotam nesse texto. 
Regra n º 1: Qualquer trabalho em instalações elétricas e equipamentos, deve ser realizada mediante a desenergização, independentemente da qualificação e experiência do trabalhador.

Casos excepcionais, o corte de energia expõe a risco muito alto ou quando a intervenção exige que o equipamento esteja energizado, cuidados redobrados devem ser tomados, incluindo a obrigatoriedade do trabalho ser executado sempre com dois trabalhadores.

Regra n º 2:  Toda intervenção, mesmo menor, requer um processo de analise e autorização de trabalho, normalmente chamado de PTS – Permissão para  Trabalho Seguro.

Este processo inclui uma prévia e formal avaliação detalhada dos riscos (necessario a utilização formal da matriz de risco), onde todos os envolvidos, incluindo profissionais da Segurança do Trabalho, devem discutir a abrangencia e a definição das medidas de contenção. O resultado esperado da PTS é um entendimento formal dos riscos, as medidas de contenção a serem adotadas e  as responsabilidades individuais na execução do trabalho.

Regra n º 3 :  Os requisitos de Bloqueio / Etiquetagem elétricos (Lockout-Tagout) devem ser aplicados integralmente.

Regra n º 4: Somente pessoas qualificadas e habilitadas para trabalhos eletricos devem executar as tarefas.  Comprovantes dessas habilitações devem ser mantidos assim como o controle das reciclagens. Esse controle também deve ser estendido para Terceiros/Contratados.

Regra n º 5: É de responsabilidade do responsavel da area/departamento  assegurar que todos os funcionários  receberam todas as informações e estão conscientizados sobre a avaliação dos riscos e sua exposição. Isso pode ser feito durante a abertura da PTS e/ou mediante inspeções praticas ou teoricas. 

Regra n º 6: Durante o processo de liberação de PTS é necessário avaliar e considerar o nivel dos riscos caso o colaborador tenha que executar a tarefa sozinho.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

OSHA: Manual de Bolso para Segurança de Trabalhadores em Armazéns

A OSHA elaborou uma série de materiais didáticos em que aborda os quesitos de segurança em diversas áreas produtivas. Uma dessas áreas em específico aborda a segurança para os trabalhadores que atuam em Armazéns ou Depósitos. O material chama-se WORKER SAFETY SERIES - WAREHOUSING. (Série Segurança do Trabalhador - Armazéns)

O material está em inglês e pode ser baixado no link abaixo da imagem:



Apostila: Riscos na utilização do NITROGÊNIO

Riscos na utilização do Nitrogênio
Objetivos:
- Entender as características e os riscos do Nitrogênio (N2)
- Conhecer as medidas preventivas
Sobre o Nitrogênio:
- 78% em volume da nossa atmosfera é constituída de N2 (Oxigênio - 21%; outros gases – 1%)

1% Outros gases
- Não é detectado pelos sentidos humanos (inodoro, incolor e insípido)
- Fornecido para as indústrias na forma líquida, em tanques de alta pressão e baixas temperaturas
- Utilizado na prevenção da oxidação de matérias-primas e produtos acabados
- Utilizado na prevenção de incêndios e explosões, eliminando ou reduzindo a concentração de O2
Quais os riscos do N2:
       - O N2 afeta as pessoas devido ao risco de asfixia, pois quando presente reduz a concentração de Oxigênio no ar
        - A inalação de atmosfera rica em N2 pode causar tontura, sonolência, náusea, vômito, excesso de salivação, perda de consciência, e pode levar até a morte.
        - Devido às baixas temperaturas, o contato com N2  líquido pode causar queimaduras sérias
Concentração de Oxigênio no ar:
         - 21% - Respiração normal
         - 12 a 16% - Alteração da respiração, falta de atenção e coordenação, fadiga anormal em qualquer atividade; extinção da chama.
        - 10 a 11% - Aumento do ritmo cardio-respiratório; coordenação motora e raciocínio lógico prejudicados; euforia e dores de cabeça.
        - 6 a 10% - Náusea e vômito; incapacidade de realizar movimentos; possível colapso enquanto consciente mas sem socorro.
        - < 6% - Respiração ofegante; paradas respiratórias seguidas de parada cardíaca; morte em minutos.
Padrão para identificação das tubulações de N2:
Medidas preventivas:

- Medidores de oxigênio (oxímetros) com dispositivos de alarme visual e sonoro
- Trocas de ar
- Intertravamentos com o sistema de ar condicionado
- Conexões tipo engate rápido
Exemplos:
Transmissor de pressão referencial: 
- Mede o fluxo pressão diferencial do sistema de ar condicionado.
- No caso de falha do sistema (led vermelho apagado),  automaticamente a entrada de N2 é cortada.
Oxímetros:
- Quando a concentração de O2 atinge 19,5%, o alarme sonoro é acionado.
Funcionamento correto luz verde (entre 19,5 e 21,5%)
Faixa de alerta (entre 19,5 e 18,5%) luz amarela
Faixa de emergência (<18,5%) luz vermelha – sair imediatamente da sala.
Manutenção e Calibração:
Calibração anual por empresa terceira especializada
Troca do sensor 
Em caso de emergência:
Ao disparar o alarme, abandone a área imediatamente e acione o ramal de emergência:
• Identifique-se
• Informe o que está acontecendo
• Informe o local da emergência e a existência ou não de vítimas.

Vídeo: Incêndio em cozinhas

Muitas empresas, principalmente as de médio e grande porte, possuem restaurantes dentro de suas instalações. E os restaurantes obviamente possuem cozinhas!!

A cozinha industrial é um local de grande risco de acidentes, pois há a presença de materiais inflamáveis, gás, superfícies quentes, materiais quentes, piso escorregadio, etc...

O principal risco em uma cozinha é o incêndio, vejam o vídeo institucional.....


Vídeo sobre ergonomia muito didático!

Vídeo sobre ergonomia muito bacana......


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Análise dos riscos de acidentes no resgate da fauna silvestre terrestre durante serviços de supressão de vegetação na caatinga.

Posto aqui um trabalho elaborado pela Tássia Silva de Oliveira que é Eng. Ambiental e Especialista Técnica em Segurança, Meio Ambiente e Saúde, cujo título é: "Análise dos riscos de acidentes no resgate da fauna silvestre terrestre durante serviços de supressão de vegetação na caatinga"

É um trabalho muito interessante, sobre um assunto bastante específico e muitas vezes ignorado pelos trabalhadores que atuam diretamente no meio ambiente.

O trabalho pode ser baixado no link abaixo da descrição:

O presente trabalho tem o objetivo de identificar os riscos inerentes à atividade de resgate de fauna terrestre na caatinga. A metodologia utilizada foi o levantamento bibliográfico e referências correlatas, bem como observação in loco das respectivas atividades em um serviço de supressão vegetal para instalação de um complexo eólico no município de Morro do Chapéu – BA. Como resultado se obteve a análise de riscos da tarefa de resgate de fauna e foram constatados os diversos riscos aos quais a equipe ambiental está exposta, bem como seus respectivos métodos de prevenção.
A caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e dentre os biomas brasileiros, este é provavelmente o mais desvalorizado e menos conhecido botanicamente. Apesar de estar alterada, a caatinga possui uma grande variedade de tipos de vegetação, com um número elevado de espécies e também remanescentes de vegetação em situação bastante preservada, incluindo um grande número de táxons endêmicos e raros (GIULIETTI et al, 2004).
Taissa Silva de Oliveira - Engenheira Ambiental e Especialista Técnica em Segurança, Meio Ambiente e Saúde – taissadeoliveira@gmail.com 

Vídeo: Como se propaga um incêndio dentro de um ambiente fechado


A agência equivalente ao INMETRO nos EUA, a NIST (Natinal Institute o Standards and Technology) realizou uma simulação de como se propaga um incêndio dentro de um ambiente fechado que não possui sistema de chuveiros automático (sprinklers).

Notem o tempo de propagação no relógio abaixo do vídeo:



quinta-feira, 5 de junho de 2014

Fotos do treinamento de NR-12

Ultimo treinamento de NR-12 ministrado in company:




Simulador on-line de gastos com acidentes de trabalho desenvolvido pelo CBIC.

Entre os dias 21 a 23 de maio de 2014 aconteceu o Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC). Nele, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lançou uma ferramenta que fornece aos empresários e gestores uma melhor compreensão sobre a importância de se prevenir acidentes, com informações sobre as normas relativas a cada eventualidade.

A ferramenta é um software chamado "Construindo Segurança & Saúde" que funciona como um simulador que calcula os custos de acidentes e afsatamentos de sua empresa, mostrando o quanto poderia ser economizado com a prevenção.

De acordo com o médico do trabalho Gustavo Nicolai, que apresentou o software a empresários do setor durante o evento, os profissionais poderão enxergar, por meio do simulador, o quanto é mais barato investir em equipamentos e práticas de prevenção.

A CBIC pretende incentivar e disseminar o uso do simulador para o maior número de empresas possível, inclusive de outros setores além da construção, a fim de criar um banco de dados estatísticos da realidade de segurança do trabalho no país. Vale lembrar que não serão divulgados os dados individuais das empresas informados no programa.

No link abaixo você pode acessar a apresentação do software, muito didática e com um exemplo muito bacana de como uma pequena falha na segurança do trabalho pode acarretar um prejuízo enorme a empresa:




Imagem ilustrativa da página:


Tópicos importantes para Auditorias em SST.

Todos sabem que as auditorias na empresa, tanto internas quanto externas, são de extrema importância para analisar como estão funcionando os processos e procedimentos internos de um sistema de gestão.

Na área de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) a auditoria é uma ferramenta fundamental para averiguar se o sistema de gestão está cumprindo sua função, se todos os processos e todos os procedimentos estão funcionando como deveriam.

É uma ferramenta de controle administrativo. Com as auditorias os gestores da área podem ter uma visão ampla do sistema, verificando falhas, deficiências, erros de procedimentos, falhas humanas e com isso implementar melhorias ou até mesmo reformulações de todo o sistema, adequando-o às suas necessidades.

Segue abaixo a tradução de um artigo escrito por George Robotham entitulado "Quick Guide to Auditing OHS Systems" (Guia Rápido para Auditorias em SST). Artigo original em: http://www.safetyrisk.net/quick-guide-to-auditing-ohs-systems/

Segue abaixo a tradução do artigo:

Na prática, acredito que há alguma confusão entre os termos inspeção e auditoria. Distinguiríamos os dois dizendo que podemos inspecionar coisas e auditar sistemas.

Organizações que obtêm bom desempenho na questão de segurança e saúde do trabalho são as que passam por auditorias internas e externas abrangentes, onde é auditado todo o escopo de SST dentro da organização.

A empresa deve ter definido qual o nível de excelência que ela busca e todos os colaboradores devem ter conhecimento e serem treinados no assunto. Deve ser elaborado um conjunto detalhado de questões de auditoria, baseando-se nas informações disponíveis na organização, de forma a elaborar diretrizes detalhadas de auditoria.

O papel de cada auditor deve ser definido. Cada departamento a ser auditado deve ser notificado sobre as diretrizes da auditoria e os auditores que realizarão o processo devem ser treinados sobre as diretrizes e seu papel a cumprir.

Uma série de auditorias anuais deve ser realizada nos vários departamentos, por meio de um time de auditores liderado por um auditor mais experiente, de modo a permitir um grande fluxo e coleta de informações periódicas.

As não-conformidades encontradas devem ser analisadas e processos formais devem ser criados de modo a se acompanhar (follow-up) a implementação das recomendações da auditoria.

Segue algumas dicas:
  • Seja qual for o documento produzido, seja sucinto. Recomendações de auditoria tendem a serem pesadas e difíceis de se usar na prática.
  • Um método de classificação dos resultados deve ser empregado.
  • Deve haver uma reunião de abertura de auditoria com todas as partes interessadas, inclusive com a alta gerência de cada departamento.
  • Deve haver uma reunião de fechamento de auditoria com as partes interessadas, inclusive a alta gerência, de modo a permitir a discussão de resultados encontrados, argumentação e refutação. Algumas companhias procuram ter todos os supervisores responsáveis de SST nestas reuniões, de modo a absorverem um bom conhecimento sobre o assunto.
  • Deve haver um relatório escrito, com sumário de gerenciamento conciso.
  • Uma inspeção nos locais de trabalho irá identificar falhas e deficiências no sistema de SST.
  • É necessário identificar e analisar o “caminho” da documentação, verificando por quais departamentos passa e quem o utiliza.
  • É essencial que as diretrizes a serem analisadas na auditoria sejam bem escritas e estejam de comum acordo entre os auditores, bem como os processos de auditoria.
  • Esteja preparado para pessoas que podem mentir para você. Esteja preparado de forma a pensar que muitos quesitos podem ter sido informados como cumpridos quando não estão. Exija evidências sólidas que comprovem as afirmações das pessoas.
Autor: George Robotham